quarta-feira, 17 de julho de 2013

Preconceitos em relação á alguma parte de nós mesmos - Orelha de abano

Preconceitos em relação á alguma parte de nós mesmos - Orelha de abano

Nosso corpo nunca é 100% perfeito não é mesmo? Principalmente para nós, que analisamos todo santo dia diante de diversos espelhos que aparecem em nosso caminho ao longo do dia. Nos vemos em diversos tamanhos diferentes de imagens refletidas, também em "N" tipos de luzes e contextos. Isso nos dá a chance - e tempo de sobra - para identificar erros em nós mesmos, erros que na maioria das vezes somente nós percebemos, mas que pode nos deixar viver em função de escondê-los.


Como todo mundo tenho meu ponto fraco, e desde criança isso me afligia muito. SIM! Vou abrir meu ponto fraco para todos, mesmo sendo totalmente ilógico expor isso pois passei anos da minha vida tentando escondê-lo. Mas porque estou fazendo isso?

Primeiramente  porque já superei isso. Encontrei uma forma de aliviar esse sentimento que me deixava com raiva de mim mesma e com invejinha das outras pessoas. E depois porque gostaria realmente que outras pessoas conseguissem enxergar da mesma forma que eu, uma luz no fim do túnel- E ela não inclui tratamentos estéticos ou intervenções cirúrgicas - como cirurgias plásticas o que é muito habitual hoje.

Vamos ao motivo de minha antiga tortura- Minhas orelhas - Isso! Sei que muitas pessoas irão se identificar, na verdade, conheço pelo menos 5 pessoas que já operaram a famosa "orelha de abano" ou "orelha de dumbo" ou "porta do fusca" entre outros apelidinhos básicos que ganhamos na escola. Mas para falar a verdade minha orelha nem era (ou é) tão de abano assim...

Mas me lembro de pelo menos alguns episódios que foram verdadeiras torturas para mim.

1- Equipe de dança do teatro na igreja



 Bom, essa equipe de dança era repleta de meninas por volta de seus 11 a 13 anos (auge do complexo de inferioridade e disputa por atenção das outras)  e eu fazia parte. Eu era amiga de todas, tudo era lindo e perfeito até o dia da apresentação final. Adivinhem ... Para compor o figurino, precisávamos prender todo o cabelo num coque e ainda por cima PASSAR GEL nas laterais para que ficasse bem puxado. Ok, eu quase morri. Minha pele começou a ficar quente demais por cima do meus rosto e se expandiu para todo o meu corpo. Meu medo era que as pessoas e as meninas rissem da minha enorme orelha. Minha mãe sempre muito compreensiva, fez o meu coque e deixou dois chumacinhos de cabelo de cada lado para tentar esconder minhas orelhas. Escondeu? Não! Mas para mim, estava escondido, e eu fiquei mais tranquila.

Diagnóstico: A ditadura do padrão de beleza me fez ser uma pessoa presa dentro de mim mesma e dos meus pensamentos sombrios que eu mesma criara, prova é que ao "encobrir" o tal problema, eu fiquei mais tranquila, mesmo não encobrindo nada.

O inimigo: Minha mente.

2- Praia e namorados



Mais crescidinha comecei a me arrumar mais para pegar aquela piscina ou praia, principalmente se estivesse paquerando ou com um namorado. Olhar diretamente para o meu objeto de desejo após molhar os cabelos? Jamais! Ou eu nunca os molhava, ou eu ficava de costas para as pessoas. Isso era uma tortura pois nunca esquecia aquilo, e enquanto as pessoas brincavam e se esbaldavam, eu tinha minha pequena perseguição própria acontecendo dentro de minha mente. Sim, ninguém nunca disse - Nossa como são grandes suas orelhas - Pelo contrário, sempre que eu comentava isso com alguém, a pessoa ficava impressionada com meus delírios.
E quando eu citava cirurgia plástica? Ai sim a coisa ficava aos olhos das pessoas parecendo loucura... Você? Orelha de que? Pois é...

                                                                      Seja feliz!

Diagnóstico: Eu achava que as pessoas nunca tinham notado pois eu escondi a vida toda muito bem. Eu conseguia exercer o papel de acusadora, atriz principal, vitima e vilã ao mesmo tempo.

Conclusão: Sou uma atriz multi personagens num mesmo ato.

Aqui estão relatados os principais momentos que me sentia péssima, dentre muitos outros que aconteceram, prender o cabelo? Jamais!
 Quando um dia meus lindos cabelos depois de sofrer tantos cortes químicos começaram a se extinguir. Sim, ficaram mais ralos e as pontas não tinham o mesmo peso e brilho de antes. Me desesperei, óbvio. Mas percebi que precisava começar a fazer uns penteados descolados, diferentes, assim eu tirava a atenção do meu cabelo ralo e liso - coisa que é horrível cabelo ralo ou mal tratado por quimica, sem vida e sem volume liso e solto, mas esse assunto é para outro post.

 Bom, resolvi. Vou perder meu medo e prender o cabelo por uma questão de sobrevivência de estilo e glamour. Algumas meninas podem falar: Porque não optou por aplique ou plástica nas orebas?

Bom, pelo simples motivo de que se você tem corte químico e seu cabelo está ralo, e você usa aplique atenção! seu cabelo VAI CAIR! Até você ficar careca. E por mais que tenham loucas afim de pagar para ver, eu definitivamente não sou uma delas.
Plástica? Sem caixa disponível para esse quesito no momento. So...

Comecei a prender o cabelo, e reparei que podemos compensar o que chamamos de defeito com pequenos detalhes em outras coisas, assim, os defeitos que temos ou ACHAMOS que temos, pode diminuir até sumir, dependendo do número de ações que você pratica.

Vamos lá para a receita?

Primeiro, use seu problema a seu favor. Decidi não usar mais brincos grandes, apenas vários pontinhos de luz, por assim dizer, na orelha. Sem ficar excessivo, coloquei estrategicamente alguns piercings e passei a usar brincos sutis. O resultado foi que agora adoro fazer todos os tipos de coques e penteados que mostram minhas orelhas, e vou dizer que sempre me sinto bem mais chique assim. Veja só:


Tanto que não consigo prender os cabelos sem meus apetrechos...

Mais uma coisa, para balada ou para trabalhar, faça uma bela maquiagem. Uma bela maquiagem não quer dizer maquiagem carregada, e sim algo que deixe seu rosto em foco. Apenas base, delineador e rímel já resolvem. Muitas de vocês devem ter pensado agora: Não sei usar delineador.. Mas isso é assunto para outro post, só digo uma coisa: É PRÁTICA!

Agora, algumas devem estar pensando- Mas meu problema não são as orelhas ...

O princípio é o mesmo! Minha irmã por exemplo, acha que tem os seios pequenos. Ela diz que é fácil falar, pois os meus vieram de presente...rs Mas, use seu problema a seu favor, independente de qual ele seja!
Até mesmo porque é coisa do passado essa história de mulher gostosona.... Panicats quem?

                                                foto 1                                   foto 2

 Veja como é mais bonito de se ver a Cat Woman -  mais chique e menos insinuante.
 Não estou entrando em mérito de tamanhos, mas como você se vende. A Mulher gato da  foto 2 não tem seios grandes, porém é extremamente mais chique e estilosa do que a primeira. Concordam?

Isso é, se elas trocassem de figurino, ficaria ainda assim com a mais "recatada".

DICA: Valorize seus seios pequenos com roupas mais chiques e acessórios femininos próximo ao tórax. Quanto mais delicado melhor!

Qual o seu problema? Ou qual problema você coloca em você? Essa seria a pergunta correta.

Hoje, não penso mais em fazer a plástica, não por enquanto. O dia em que o dinheiro estiver sobrando e não tiver outras prioridades quem sabe eu faça, mas posso dizer com toda certeza que isso já não me tortura mais. Eu até ia explicar como funciona a plástica mas acho que de repente consegui convencer a vocês também, então deixa para o próximo post.




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